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4 de jul. de 2010

Não saberia dizer. Não saberia o que dizer. Eu me esqueceria das palavras, das coisas, inclusive dessa necessidade involuntária que sinto de respirar toda vez que acordo. Porquê é que eu não paro de respirar quando o lençóis me pegam emprestado de ti, quando perco o controle sobre mim? Pra quê respirar? Ou melhor, por que é que eu não tenho a opção de escolher quando, como e com que intensidade respirar? É tentando esclarecer um monte de dúvidas como essa que perco o controle sobre mim, acordado, por opção, quando já é hora de dormir. Sabes como é dormir acordado? Ver-se fazendo as coisas que tu normalmente fazes só que sem ter esse controle, o livre arbítrio. O agente da tua vida se torna o externo, tudo e todos que te cercam. E tudo que você faz é responder a estímulos. "Onde foi parar minha alma?" - tu te perguntas. Aí tu tentas extrair tua alma do teu corpo e ocupar o nada, por alguns minutos, e consegues. Feito isso, agora peço: observa-te de longe, do alto, do céu, do espaço, como se o Google Earth tivesse sido feito pra ti. O quê tu verias? Tenta denovo. Fecha os olhos. (eles de nada servem aqui, nem agora).


O QUÊ TU VERIAS?

Ando pensando assim, em círculos, com respostas dentro de perguntas. Mas nenhuma pergunta é grande o suficiente para comportar a resposta que eu procuro.

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Quer que os outros compreendam o que jamais entenderei.[ C.L ]