Eu sou a que no mundo anda perdida
Eu sou a que na vida, não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucificada, a dolorida
Sombra de névoa tênue e esvaecida
E que o destino, amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!
Sou aquela que passa e ninguém vê
Sou a quem chamam triste sem o ser
Sou a que chora sem saber por que
Sou talvez a visão que alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
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